"A terceira noite do Festival Best.Off oferecia desde logo uma noite forte em termos de experimentação sónica. De um lado Kubik , o alter-ego de Victor Afonso, o músico que lançou este ano o seu segundo disco, Metamorphosia. Quando Kubik se apresentou em palco os presentes eram ainda poucos mas esse cenário foi-se modificando ao longo do concerto. Concerto que, nas palavras do próprio Victor Afonso se iria dividir entre Metamorphosia e o seu álbum de estreia, Oblique Musique, registo editado em 2001. A transposição desses temas para os concertos faz-se da utilização de uma base programada e da voz e guitarra de Victor Afonso, faz-se de electrónica, jazz em desvario, música de desenhos animados, da escola do corta e cola (os samples) e de muita experimentação. É árdua a tarefa de Kubik.
Não há guitarrista a mandar-se para o chão e, de joelhos, sacar meia dúzia de solos espalhafatosos, não há um Bez para comandar a trupe. É uma actuação onde se trabalha e deve trabalhar a mente primeiro e o corpo depois. Um verdadeiro desafio. Um pouco no espírito do festival, os sons apareceram muitas vezes acompanhados de projecções. No final, Victor Afonso, apesar de alguns problemas técnicos na primeira tentativa, acompanhou com a voz um vídeo de uma espécie de desenho animado que tocava todos os instrumentos num estúdio de cores garridas. Tendo (sobretudo) em conta o propósito deste festival, Kubik foi uma escolha bem acertada, uma justa representação nacional."
André Gomes in http://www.bodyspace.net/ 12 de Dezembro de 2005
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"Na sexta, Kubik prova que o que realiza ao vivo é uma eufórica remistura non-stop quase irreconhecível da matéria impressa em disco. A sua voz e sobretudo a guitarra eléctrica em actividade constante são peças centrais no remoldar da matéria porque, entre outras funções, sublinham um apreço por canções pop-rock ao mesmo nível da estima pela vanguarda. A colagem resulta em peças de entretenimento com défice de concentração (é elogio) e unhas afiadas em direcção à cara do espectador - é isso que também explica que a certa altura Kubik se lance a um xilofone como se Martin Denny houvesse sido uma estrela do submundo industrial-tribal."
André Gomes in http://www.bodyspace.net/ 12 de Dezembro de 2005
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"Na sexta, Kubik prova que o que realiza ao vivo é uma eufórica remistura non-stop quase irreconhecível da matéria impressa em disco. A sua voz e sobretudo a guitarra eléctrica em actividade constante são peças centrais no remoldar da matéria porque, entre outras funções, sublinham um apreço por canções pop-rock ao mesmo nível da estima pela vanguarda. A colagem resulta em peças de entretenimento com défice de concentração (é elogio) e unhas afiadas em direcção à cara do espectador - é isso que também explica que a certa altura Kubik se lance a um xilofone como se Martin Denny houvesse sido uma estrela do submundo industrial-tribal."
Jorge Manuel Lopes in BLITZ 13 de Dezembro de 2005
1 comentário:
Olá Victor, obrigado pelo comentário. Entretanto deixei lá outro interessante (principalmente a parte dos 'downloads' e 'remixes')...
e-abraço, fica bem,
Jz
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