terça-feira, 19 de abril de 2011

"Psicotic Jazz Hall" - Primeira crítica


"O percurso musical de Victor Afonso, nos seus quase vinte anos de longevidade, é uma das histórias de maior criatividade e diversidade da que a música portuguesa moderna teve o prazer de conhecer. Das compilações aos discos de originais, da memorável banda sonora original Guarda: A Memória das Coisas às apresentações ao vivo e aos filmes mudos com música original, Victor Afonso foi construindo um corpo de trabalho sem cedências artísticas de qualquer espécie, vanguardista e fusionista no melhor significado possível da palavra. Um trabalho que parte da música electrónica para se abeirar do noise, do jazz, da world music, da pop mais permeável e de tudo o mais que se atravesse no caminho; fluentemente experimental, amigo do sampling, aberto ao mundo.

O seu novo disco (e neste caso “novo” adquire todo um novo contexto), Psicotic Jazz Hall, que fecha a trilogia de álbuns começada por Oblique Musique (2001) e continuada por Metamorphosia (2005), é, quando julgávamos já impossível ir mais além, um constante abrir da palete sonora para deleite dos melómanos mais exigentes. Não é à toa que Mike Patton, mestre do baralha e volta a dar, viu em Victor Afonso um talento que transborda fronteiras. Está nos genes de Victor Afonso reinventar-se a cada vez que mostra novo trabalho. E Psicotic Jazz Hall não é excepção. Os treze temas que compõem este novo disco revelam uma complexidade que não é novidade, um cuidado com os pormenores que é apanágio de Kubik. E sempre que o imenso turbilhão de ideias e recursos encontra um aparente beco sem saída, Victor Afonso descobre uma forma de escapar em classe e em estilo.

O jazz é a matriz principal deste trabalho mas a fragmentação habitual leva esta viagem para outras esferas: que o groove de “Shina-Kak” desapareça já se isto é mentira. Como se Victor Afonso pegasse em toda a boa música do mundo, a desfizesse em estilhaços e depois, subversivamente, a voltasse a reconstruir: é assim que soa Psicotic Jazz Hall, um disco cujo título remete para o título de um álbum do francês Pascal Comelade que, como Victor Afonso, se serve de uma certa bizarria a seu bel-prazer. Da Guarda para o mundo, Victor Afonso volta a assinar um disco com atributos visíveis a partir de outros planetas mas para ser consumido com toda a humanidade."

André Gomes (in BIS/TMG - Abril - Junho 2011)

Tema de apresentação de "Psicotic Jazz Hall"

Tema "Shina-Kak", retirado do novo álbum de KUBIK, "Psicotic Jazz Hall" a editar no dia 14 de Maio pelo Teatro Municipal da Guarda. Participação especial na voz de Kenji Siratori.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Kubik - Notas de imprensa

Press Release:

“Kubik, o cientista de sons, o visionário tranquilo que faz electrónica futurista a partir da Guarda. Música como estilhaços, recontextualização, imagética, dadaísmo, surrealismo, MontyPythonismo. Free Jazz para o século XXII. Prog para o século XXII. Liberdade para o século XXII” – João Bonifácio (Público)

“Victor Afonso do projecto Kubik é um dos poucos músicos portugueses que pretende e consegue romper os limites que a música, por vezes, parece pressupor” – André Tiago Gomes (Mondo Bizarre)

“Kubik, juntamente com o álbum ‘Oblique Musique’ - o melhor disco nacional de electrónica de 2001 - escancarou meia dúzia de janelas sobre a paisagem surreal-electrónica nacional. Com ‘Metamorphosia’ torna-se num disco de culto da música portuguesa”- João Lisboa (Expresso)

“A música Kubik é de absoluta liberdade, criatividade esfuziante, com colagens improváveis de sons e, claro, de difícil catalogação, que tanto pode agradar à tribo da electrónica experimental e da pop alternativa como aos amantes da música contemporânea sem concessões.” - Pedro Dias de Almeida (Visão)

“Kubik assume-se como um exímio chefe de orquestra num magnífico álbum de estreia que entra, sem dificuldade, para o quadro de honra da música portuguesa.” – Jorge Manuel Lopes (BLITZ)

“Kubik is an amazing artist. He is moving into a special and particular universe. He has a fantastic records and a fantastic music… He’s a monster!” - Mike Patton (Faith No More, Fantômas)

“Kubik é um notável reciclador de música. E tem um dos microcosmos mais ricos da música moderna portuguesa.”- Manuel Halpern (Jornal de Letras)

“A metamorfose musical do universo de Kubik é um labirinto conceptual e híbrido, um mundo uno e indivisível, um terreno bravio que apetece explorar ao milímetro. Desse espaço sónico provém um fluído invulgar, produto misterioso e progressista de um génio tímido cuja assinatura deixa um lastro quase dadaísta”. - António Pinto (aPartes)

“A música de Kubik é experimentação e faceta lúdica dos materiais sonoros. Uma música feita de pormenores, em que cada audição reparamos nas camadas e camadas de pequenos sons que Victor Afonso se divertiu a criar e a pôr no seu trabalho” - Rodrigo Nogueira (Bodyspace)

“Metamorphosia”, o segundo disco de Kubik, é seguramente um dos melhores discos portugueses de 2005. Mas é mais do que isso; é uma obra plena de inventividade, não só a partir de produção alheia, e criatividade.” – Davide Pinheiro (Diário de Notícias)

“Victor Afonso é um malabarista de sons que olha a música com uns óculos de raio x, criando um circuito fechado e, com mestria, criar algo de novo e desafiante”. – Hugo Moutinho (Mondo Bizarre)

Kubik - breve biografia




KUBIK – Lançamento de novo disco em Maio 2011
_____


Breve Biografia Kubik é o projecto de música electrónica de Victor Afonso, músico da Guarda com larga experiência musical (rock, improvisação, experimental, electrónica).

A música de Kubik é um imprevisível caldeirão de cruzamentos de géneros, de fragmentação estética, de metamorfoses estilísticas, com uma forte influência do imaginário cinematográficos: manipulação electrónica, free-rock, jazz, hip-hop, ambient, world-music, metal, breakbeat, música de “cartoons”…

O percurso de Kubik conta com 13 anos de actividade: teve o reconhecimento de 4 Prémios Maqueta em 1999; foi a revelação musical para o jornal Público em 2001. Kubik conta com dois álbuns aclamados pela crítica especializada que os incluiu nas listas dos melhores discos portugueses do ano – “Oblique Musique” (2001) e “Metamorphosia” (2005).

Em Maio de 2004, o músico norte-americano Mike Patton (Faith No More, Mr. Bungle, Fantômas), apreciador da música de Kubik, convidou-o a tocar na primeira parte do concerto dos Fantômas na Aula Magna (Lisboa). Tocou ainda em diversos festivais de música electrónica internacional, Casa da Música, Teatro São Jorge, ZDB, Fnac, Parede de Coura, etc. Kubik colaborou ainda com diversos músicos (Adolfo Luxúria Canibal, Old Jerusalem, Norton, Bypass, Factor Activo, Américo Rodrigues, César Prata…) e remisturou inúmeras músicas para colectâneas nacionais e internacionais.

Compôs ainda música original para três filmes mudos (“Un Chien Andalou”, “Entr’Acte” e “A Felicidade”), bailado contemporâneo (Culturgest), teatro, exposições, curtas-metragens e performance. Depois de 6 anos de espera, Kubik vai editar o seu terceiro e aguardado álbum de originais, fechando assim a trilogia iniciada em 2001. Com o título “Psicotic Jazz Hall”, conta com edição do Teatro Municipal da Guarda e será lançado e apresentado ao vivo no próximo dia 14 de Maio, no Pequeno Auditório do TMG.

“Psicotic Jazz Hall” (título retirado de um disco do músico francês Pascal Comelade – “Psicotic Music Hall”) explora a matriz do jazz fundindo-a com o rock, a electrónica, músicas do mundo, num resultado musical mutante e sempre na procura de novos desafios criativos.