domingo, 18 de dezembro de 2011

Sobre "Psicotic Jazz Hall" - Kubik

"Psicotic Jazz Hall" parece ser um trabalho cuidadosamente programado em todas as faixas.Paradoxalmente, uma das consequências dessa programação ao segundo é precisamente a evocação permanente do universo jazzístico pela apropriação criativa dos seus clichés, sobretudo do que evocam o jazz-rock de um Miles Davis.
A música que ouvimos ao longo deste disco é constituída por sons puramente electrónicos combinados com samples ce instrumentos acústicos e, ocasionalmente, pelo tratamento electrónico de sons concretos. Kubik procura um eclectismo sonoro que se situa entre o jazz, um rock sofisticado (em vários momentos surgem sonoridades zappianas) e as sonoridades (concretas e electrónicas) do quotidiano urbano. Uma empresa arriscada mas bem conseguida, num disco que consegue um estilo próprio que vai para além das referências mais óbvias que aparentemente evoca."
Carlos Canhoto, In Revista "Praça Velha".

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sobre um concerto de Kubik


Loot, pseudónimo que escreve no blog Alternative Prison disse o seguinte sobre um concerto de Kubik:
"Assisti ontem ao concerto de Kubik na Fnac Norteshopping e adorei. Foi com este terceiro álbum, 'Psicotic Jazz Hall', que conheci este projecto musical de Victor Afonso, bem conhecido na blogosfera pelo blog 'O Homem Que Sabia Demasiado'. Estes concertos são das melhores coisas que a fnac tem, dando oportunidade de conhecer várias bandas portuguesas. Mas seja na fnac ou em outro local, não percam a oportunidade de ouvir Kubik, que vale mesmo muito a pena.
O concerto é um one man show onde várias sonoridades distintas se encontram numa atmosfera de jazz experimental. Para quem já segue o seu blog não será surpresa descobrir um leque de influências cinéfilas na sua música, desde Tarkovsky a Tarantino. Agora vou ouvir o álbum em questão, mas por tudo que ouvi nessa noite estou cada vez mais convencido que 'Psicotic Jazz Hall' é um dos álbuns mais interessantes que saiu este ano."

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

(Clicar na imagem para aumentar)

Kubik em actuação no espectáculo colectivo "Tão Perto do Puro Azul do Céu", dias 26 e 27 de Novembro de 2011 (TMG).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Kubik no "Crónicas da Terra"

O influente site de música Crónicas da Terra (também programa de rádio) da autoria de Luís Rei escolheu os melhores discos portugueses de Novembro. Kubik está na 6ª posição.

domingo, 6 de novembro de 2011

Kubik na Fnac

Kubik ao vivo na Fnac de Viseu, 5 de Novembro 2011.

Apresentação do tema inédito "Marsellus Wallace is Back".

domingo, 30 de outubro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

"One Man Show"

"Victor Afonso apresentou, na passada sexta-feira, o seu último álbum "Psicotic Jazz Hall", na Fnac de Coimbra. O músico guardense - artisticamente identificado por Kubik - levou à sala conimbricense sons que partem do jazz para se fundir com electrónica, rock, funk, ritmos do mundo e outros devaneios estilísticos. Foi um concerto de grande intensidade onde o músico evidenciou o seu extraordinário eclectismo. O verdadeiro "one man show".

Jornal O Interior (13/10/2011)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Texto sobre "Psicotic Jazz Hall"

Por Eduardo Sardinha (Jornalista)


Antes de mais, "Psicotic Jazz Hall" é um saco de ratos! Mantém-se nele o saudável saco de gatos de sonoridades, samples, estilos musicais e o que mais, habituais à carreira de Kubik. Mas mais que psicótica, a colagem tem aqui uma fluidez tanto felina como cinematográfica.
Tome-se “Selatius, 17th Century”, pela citação samplada a "Cape Fear" de Martin Scorsese, mas principalmente pelo prumo que mantém de um honky tonk saturado para um funk que redunda nuns Orbital roqueiros, até sair num jazz mais cool. É a mesma linha groove intangível que percorre a maior parte do disco de um ragtime-big beat (“Shina-Kak”) às margens da electronic body music banhadas a glitch (“Psicotic Jazz Hall”), do trip-hop jazzy (“Gerry & Gerry”) ao desenfreado ritmo jazz polvilhado a notas étnicas e techno.
Depois, está-se nisto, a compreender todo o sentido que o olho de vidro de Sammy Davis Jr. fazia no Rat Pack e a interrogar sobre se David Holmes o compreenderia, quando se rompe o saco. A psicose de Kubik inaugura um novo disco à faixa 9 e deixa escapar cinco quase canções. Unidades autónomas e variadas: o rock esquizofrénico passivo de “I Think I Am” saltou do estúdio do super-álbum Ball-Hog or Tugboat? (Mike Watt, 1995), enquanto “Come and See” parece tecno-punk feito para Tim Burton ou “Dema-Gôd”, que ainda arranha o ragga.
Se a tudo isto adicionarmos que, tanto na profusão groove que dá nome ao disco, como nas propostas da segunda parte, Kubik ating uma acessibilidade assinalável, o diagnóstico de Psicotic Jazz Hall só pode ser um: eloquência.

Kubik na Fnac de Coimbra

Kubik na Fnac de Coimbra, 7 de Outubro 2011.
Texto e fotografias: Nuno Ávila ("Santos da Casa", RUC)



Desconfigurar o jazz. No bom sentido! Improvisar. Recriar. Experimentar. Construir uma base sonora que serve de almofada. Pegar num todo. Partir em mil pedaços. Juntar várias partes. Se preferirem, samplar. Arte de bem roubar. Aula de corte e costura. Por cima deste ritmo que sai do computador, juntar ora teclas, ora guitarra, ora harmónica ou mesmo xilofone. E voz algumas vezes. Pode à primeira parecer estranho, mas o facto é que o resultado final soa muito bem. Jazz psicótico. Por vezes esquizofrénico. Mas acima de tudo inquietante.

Victor Afonso com "Psicotic Jazz Hall" na bagagem. A mostrar que talento e imaginação estão aqui de mãos dadas. É caso para dizer: até jazz Kubik.

Venham mais noites de música kubika...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Kubik - Próximas apresentações



Datas de apresentação do álbum "Psicotic Jazz Hall" ou do projecto "Movie Poster" de Kubik:

7 Outubro: FNAC Coimbra - 22h

14 Outubro: Universidade da Beira Interior (Covilhã)- 18h

28 Outubro: Carpediem Bar - Santo Tirso - 00h

5 Novembro: FNAC Viseu - 17h

10 Dezembro: FNAC Stª Catarina - 17h

10 Dezembro: FNAC Norteshopping - 22h

11 Dezembro: FNAC Gaiashopping - 17h


O pessoal que vive nestas cidades e arredores está convidado.

domingo, 18 de setembro de 2011


Na FNAC de Viseu: o disco de Kubik em destaque no escaparate da "Electrónica Alternativa".
(Foto de Tó-Jó Sepúlveda)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"Psicotic Jazz Hall" - Bodyspace



Amálgama Obscura nas Sombras do Jazz

Por Nuno Catarino - Bodyspace.net

Victor Afonso é um experimentalista sonoro que desde o início da década passada tem trabalhado sob o pseudónimo Kubik. É dele a autoria de dois discos que marcaram a facção marginal dos anos '00 portugueses: "Oblique Musique" (Zounds Records, 2001) e "Metamorphosia" (Zounds Records, 2005). Pelo meio editou ainda dois interessantes EPs, ambos edições de netlabels lusas: Infinite Territory (Test Tube, 2006) e How blue was my sky (MiMi Records, 2008). Nessas gravações Afonso construiu manifestos de originalidade e confusão sónica, metamorfoses caleidoscópicas multi-referenciais.

Com este novo trabalho Kubik mantém os pressupostos base que alimentaram os discos anteriores, mas há agora um especial enfoque à volta daquilo que ele se entende como “jazz” – palavra que até se encontra no título do álbum. Os sons recortados, colados, transformados e processados por Victor Afonso andam à volta da instrumentação típica que habitualmente se associa ao jazz convencional, por vezes são usadas estruturas ou pormenores mais típicos do género, mas o resultado vai muito para além disso.

A estranha amálgama sonora que resulta do processo de transformação kubkiano encontra pontos de referência em diversos géneros e sub-géneros (a sua enumeração será um delicioso e profícuo passatempo), mas a sua principal linguagem, poderemos aventar, será a pós-modernidade: revisão de todas as linguagens anteriores e em simultâneo a sua própria (e consciente) subversão. No actual panorama musical português poderemos encontrar um paralelo – estilístico, não estritamente sonoro – no trabalho que o LUME – Lisbon Underground Music Ensemble vem desenvolvendo: pela inesperada junção de discursos, pelo prazer de nos fazer procurar beleza no caos. E, em consonância com a LUME, a música de Kubik assume também um certo cariz cinematográfico.

terça-feira, 30 de agosto de 2011






Kubik - "Freak Jazzmen" by Victor Afonso - Kubik - "Jazz Freakmen" - Do álbum "Psicotic Jazz Hall".

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Kubik - "Movie Poster" live

Festival "Escrita na Paisagem", Agosto 2011.
Kubik musicou 7 géneros cinematográficos com base nos posters como iconografia da sétima arte: filmes de Guerra, Comédia, Terror, Western, Cinema Negro (Noir), Cinema Mudo e Saul Bass (designer gráfico).
Excertos do primeiro concerto (no total de 4) na cidade de Évora, no dia 3 de Agosto de 2011, Largo da Igreja de S. Vicente.

Dois minutos, em média, por cada género cinematográfico (para comrpeender o conceito geral):

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"Movie Poster" - Fotos










Mais informação aqui.

"Ouvir Kubik é como ver um filme do Cronenberg ou do Lynch"

“É impossível não sentir que música e cinema andam de mãos dadas, em flirt íntimo até, ao ouvirmos “Psicotic Jazz Hall”, de Kubik - a encarnação musical de Victor Afonso. No seu mais recente trabalho, é possível ouvir-se electrónica que vai do minimal ao futurista, vários metais cuidadosamente organizados, laivos funk que não deixam nada a dever à era dourada do género e batidas descaradamente hip-hop. Tudo com um ambiente bem jazzístico. Ouvir este disco é como ver um filme do Cronenberg ou do Lynch. Ou seja, provavelmente não se lhe vai tomar o pulso à primeira, nem perceber ou absorver bem as influências que foram cirurgicamente retalhadas e cosidas umas às outras. Não, este não é um disco fácil. Este é um disco que pede agilidade mental para fazer contas de cabeça. Só assim vão conseguir somar as diferentes peças e formar um todo coerente”.
António M. Silva, in Pontoalternativo.com

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Kubik - "Come and See" (novo videoclip)

"Come and See" é um tema incluído no 3º álbum de Kubik, "Psicotic Jazz Hall", inspirado no filme com o mesmo nome, "Come and See" (1985) do realizador russo Elem Klimov: um perturbador e alucinante filme sobre a 2ª Guerra Mundial e a invasão devastadora levada a cabo pelo exército nazi nas aldeias inocentes da Rússia.
A música "Come and See" é a mais densa e pesada de todo o álbum e porventura a única que foge à matriz do jazz que caracteriza o resto de "Psicotic Jazz Hall". Tinha de ser assim, tendo em conta a brutalidade do filme.
Todo o videoclip é concebido com imagens desta película.
Edição e montagem de Kubik.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Movie Poster" - Kubik no Alentejo


Este é o próximo projecto de Kubik: "Movie Poster". Trata-se de uma encomenda do festival de performance e artes da terra "Escrita na Paisagem" (decorre ao longo do Verão em terras alentejanas). O tema deste ano do festival é "Mitologias" e, com base na ideia da mitologia associada ao poster de cinema, irei apresentar na primeira semana de Agosto um trabalho visual e musical ligado ao tema. O poster de cinema como objecto estético que faz parte da mitologia do cinema. Há posters que são verdadeiras obras-primas, desenhados à mão, mais abstractos ou surrealistas, fugurativos ou fantasistas. É esta filão quase inesgotável que serve de matéria a este projecto.

Basicamente, seleccionei perto de 200 posters marcantes de todas as épocas históricas do cinema, subdivididos em 7 géneros (30 posters por cada um) e um designer gráfico: Guerra, Comédia, Terror, Cinema Negro, Western, Ficção Científica, Mudo e - o mítico designer gráfico - Saul Bass, criador de alguns dos mais emblemáticos posters e trailers para realizadores como Hitchcock, Kubrick ou Preminger.

O critério de selecção residiu na qualidade visual de cada poster, a singularidade estética de cada um deles, e a inerente qualidade do filme. Há filmes bons cujos posters não foram escolhidos por achar que os mesmos não tinham particular relevância. Por outro lado, há filmes menores contemplados porque os posters são realmente muito originais e criativos. Procurei também escolher posters de várias nacionalidades (franceses, alemães, espanhóis, polacos...) para mostrar a diversidade de abordagens nesta área e procurei, tanto quanto possível, escolher posters verdadeiros, ou seja, com a marca dos vincos das dobragens. Com a realização deste trabalho percebi que todos os posters do género "Noir" (cinema negro) eram pintados à mão e que tinham, invariavelmente, mulheres fatais e pistolas representadas.

Musicalmente, os 7 géneros cinematográficos explorados e o autor Saul Bass partem de ambientes e estilos muito díspares, quase antagónicos, como é o caso do terror e da comédia, por exemplo. O ritmo de exibição de cada poster é de 10 segundos, com uma média de 5'30'' por cada género e perfazendo um total estimado de 40 a 45 minutos de apresentação total. Para além das programações electrónicas por computador, irei tocar ao vivo em tempo real guitarra eléctrica e teclado MIDI.

Serão 4 as apresentações no Alentejo do projecto "Movie Poster". A saber:

- 3 Agosto, Évora, Igreja de S. Vicente, 21h30

- 4 Agosto, Avis, Largo do Convento, 21h30

- 5 Agosto, Moura, Largo do Cine-Teatro, 21h30

- 6 Agosto, Estremoz, Rossio, 21h30

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entrevista - Planeta Plutão

Entrevista ao webzine musical Planeta Plutão a propósito do disco "Psicotic Jazz Hall" (e não só). Neste link.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Kubik no Público (Ípsilon)

Clicar nas imagens para aumentar.



“Victor Afonso é um dos pontas-de-lança da electrónica esquisita e arriscada e é já uma velha glória da música portuguesa que arriscou uma estratégia musical de choque e pavor. Ao terceiro disco Kubik abandona o fato de terrorista de laboratório em favor do de dançarino de salão galáctico: algures nos cabarets de Marte, quando houver jukeboxes revivalistas da vida na Terra será esta a música que se vai dançar. Deixemo-nos de tretas: ”Psicotic Jazz Hall” é um grande disco em qualquer parte do mundo”.
João Bonifácio, Público (Ípsilon)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Kubik - "Gerry & Gerry"


Kubik - "Gerry & Gerry"

Tema inspirado no contemplativo filme "Gerry" (2002) do realizador Gus Van Sant. Neste filme, os dois únicos protagonistas chamam-se... Gerry.

sábado, 16 de julho de 2011

Kubik segundo Ricardo Saló (Expresso)

Clicar na imagem para aumentar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Kubik e os posters de cinema

Este é o próximo projecto (e desafio) de Kubik: musicar ao vivo 200 posters clássicos de cinema! Vai ser no Festival alentejano "Escrita na Paisagem", na primeira semana de Agosto em quatro diferentes localidades. O projecto intitula-se "Movie Posters" e passa por fazer a música para 8 géneros/categorias cinematográficas diferentes: Guerra, Comédia, Terror, Noir, Western, Ficção Científica, Mudo e Saul Bass (designer de posters).

Quem estiver de férias por lá nessa altura, está desde já convidado.
Clicar na imagem para aumentar:

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Kubo de Kubik


O kubo de Kubik
Por António Pires, Jornal i em 30 de Junho de 2011

Na sequência do boom do rock português, muitos dos seus protagonistas abandonaram o rock para se dedicar a outras músicas: o jazz de vanguarda, o experimentalismo, o namoro com linguagens próximas da música erudita contemporânea. Umas vezes com melhores, outras com piores resultados, músicos influentes do rock de toda a década de 80, como Vítor Rua (GNR), Nuno Rebelo (Mler Ife Dada), Rafael Toral (Pop Dell''Arte) ou Marco Franco (Braindead), embarcaram em novas e para eles mais excitantes viagens.

Outro caso exemplar desta tendência deu-se (e dá-se!) com Victor Afonso, músico da Guarda que no final dessa década formou o grupo rock Nihil Aut Mors, mas que, anos depois e já dentro do novo século, iniciou em "Oblique Musique" (2001) uma trilogia que - com passagem por "Metamorphosis" (2005) - encerra agora com a edição de "Psicotic Jazz Hall".

Um álbum - diga-se desde já e sem rodeios! - absolutamente fabuloso, que poderia ter sido editado pela Tzadik, de John Zorn, mas que também fica muitíssimo muito bem no ramalhete de edições do... Teatro Municipal da Guarda. E sim, é jazz, se o entendermos como swing futurista, doo-wop esquizofrénico, be-bop electrónico.

Mas também é muitas outras coisas: fat-funk, Zappa, psicadelismo, noise, Zorn, chill-out e ambient (mas ambos com fórmula original anti-insónias!), Eno/Byrne, pozinhos arábicos e afro-beat... Bem podia haver um quarto e assim fechar-se o kubo de Kubik.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crítica ao disco no Diário Digital

Kubik - "Psicotic Jazz Hall" (Ed. TMG)
Por Davide Pinheiro
1 de Julho 2011

"Kubik conclui uma trilogia de dez anos com uma colecção de curtas sonoras que juntas constroem uma narrativa minuciosa e de grande rigor sonoro. Há muito que Kubik (o realizador de sons que dá pelo nome real de Victor Afonso) constrói pontes entre o cinema e a música. E ainda que nunca tenha escrito uma banda sonora oficial, «Psicotic Jazz Hall» representa nova investida num universo imagético virtual cuja narrativa não necessita de argumento.

Seis anos depois de «Metamorphosia» e uma dezena do injustamente esquecido «Oblique Musique», é concluída uma trilogia composta sem pressas e à medida de um compositor diletante que se dispensa da pressão das grandes produções e dos centros nevrálgicos decisores.

Talvez por isso, «Psicotic Jazz Hall» se permita a um detalhe tão infinito e preciso, como o mais preciso dos relógios suiços. Cada audição é uma descoberta permanente de sons que se escondem e a cada uma delas revela-se um novo sentido nesta construção perfeccionista de um puzzle com peças de outros.

Inspirado no quase-homónimo «Psicotic Music Hall», de Pascal Comelade, esta colecção de curtas-metragens musicadas funcionam como um filme em que mais do que realizador, Kubik é um supervisor que pega em fitas antigas e as ressuscita. Se todo o cinema português marginal fosse assim, as críticas à subsidiodependência seriam infundadas."

quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Come and See" - Kubik



Come and See - Kubik by Victor Afonso - Kubik

Tema inspirado no filme "Come and See" (1985) de Elem Klimov. Um poderoso e sugestivo filme sobre a 2ª Guerra Mundial.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011


"Kubik, da Guarda, é o projecto de Victor Afonso que já conta com mais de uma década de actividade, de distinto e qualitativo trabalho, reconhecido tanto pela crítica nacional e reforçado pelos prémios que tem vencido. “Psicotic Jazz Hall”, o novo disco, encerra uma trilogia iniciada, em 2001, com “Oblique Musique” e seguida por “Metamorphosia” (2005), consolidando Kubik como um dos projectos nacionais da sua área musical (que não nos atrevemos a classificar para além de "música") que, infelizmente, por não ter uma grande máquina de apoio de divulgação, como acontece com artistas que se encontram em grandes editoras, a sua supreendente obra, para a maioria, é desconhecida.
Nesta década, Kubik tem colaborado e tido a colaboração de diversos artistas portugueses, como as que ocorreram em "Metamorphosia" com Adolfo Luxúria Canibal e Old Jerusalem, entre outros. Kubik tem também aproveitado sempre outras oportunidades como criar música orignal, para teatro e cinema, e interpretá-la, por exemplo. É com muito gosto que temos a honra de ter, este mês, um exclusivo para a Music Alliance Pact, o tema "Shina-Kak", (com a colaboração vocal de de Kenji Siratori) , que faz parte do novo “Psicotic Jazz Hall”, editado no início deste mês."

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tema de "Psicotic Jazz Hall"

Este tema foi inspirado após a leitura do livro "Sonderkommando" de Shlomo Venezia, um judeu sobrevivente do Holocausto e do campo de extermínio de Auschwitz. É uma pequena homenagem em honra deste homem que vive ainda com as terríveis memórias do horror nazi.
Kubik - Shlomo Venezia is Not Dead Yet by Victor Afonso - Kubik

Kubik em compilação internacional

BREVE DESCRIÇÃO: Músicos de Portugal, Hong Kong e Macau voltam a reunir-se para um novo lançamento do projecto T(H)REE, desta vez em formato EP digital.

T(H)REE é um projecto musical não lucrativo, que junta músicos contemporâneos de Portugal, e de vários países asiáticos. A ideia surge não só com o compromisso de materializar esse encontro de culturas mas também o desejo premente de incentivar a produção musical local, levando-a para longe das suas fronteiras, chegando a territórios distantes, dando forma e início a novos contactos musicais e culturais que, de outra forma, nunca teriam lugar.

"One Point Five" traz-nos um conjunto de novas musicalidades que servem de complemento ao álbum T(H)REE vol 1, lançado em 2011. Banda sonora perfeita para uma viagem entre a natureza e a cidade, entre a música tradicional e o ruidoso frenesim das grandes metropoles. Entre a Ásia e Portugal.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Crítica do Jornal de Letras a Kubik

Clicar na imagem para aumentar.

domingo, 5 de junho de 2011

Crítica de Rui Eduardo Paes


Kubik é o músico que tem o idioma musical no título que vem de mais longe – aquilo que podia ser tomado como formalismo não o é, afinal. A sampling music de Kubik tem outras coordenadas, as da pop instrumental e das músicas de dança eletrónicas, surgindo neste CD o jazz como motivo linguístico passível de adulteração.

Para complicar as coisas, Victor Afonso vem de um percurso como guitarrista improvisador mais ou menos conotado com os jazzes, depois de ter militado numa banda pós-Joy Division que cantava em Latim (!), Nihil Aut Mors.

Kubik pega em sintagmas rítmicos do funk-jazz para lhes dar uma leitura jungle, envolvendo-os por um orquestralismo samplado onde até cabem as palavras e a voz ghost-in-the-machine do mais pirado dos escritores cyber-punk, Kenji Siratori. Kubik parte do slapping ou do walking de baixo e dos downbeats de bateria dos Seventies para inventar um mundo virtual futurista.

Kubik revisita os clubes onde o Four Roses desinibe o apalpão e o enrolar das línguas para forjar um equivalente no Second Life.

Rui Eduardo Paes, in Blog Bitaites
__________
A crítica na íntegra aqui.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Kubik na "Visão"

Pequena recensão crítica ao disco de Kubik na revista Visão.
(Clicar na imagem para aumentar)

domingo, 29 de maio de 2011

Kubik - Videoclip "I Think I Am..."

Depois de "Shina-Kak", eis o segundo videoclip com base num tema do álbum "Psicotic Jazz Hall" (recentemente editado) de Kubik.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fotografias do concerto de apresentação do disco "Psicotic Jazz Hall" de Kubik, no dia 14 de Maio de 2011, no Teatro Municipal da Guarda.

Fotografias: Armando Neves / TMG

Disco já disponível neste link e a partir de Junho no circuito comercial.

domingo, 15 de maio de 2011

Kubik em Paredes de Coura em... 1998!

Este foi o primeiro concerto do projecto Kubik: Festival de Paredes de Coura, 16 de Agosto de 1998, no palco secundário "Deixe de Ser Duro de Ouvido".

E esta é a fotografia (de Carlos Marques) que documenta esse concerto. 13 anos e muitas aventuras musicais depois, surge agora o terceiro álbum de Kubik, "Psicotic Jazz Hall"!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

"Psicotic Jazz Hall" - Primeira crítica


"O percurso musical de Victor Afonso, nos seus quase vinte anos de longevidade, é uma das histórias de maior criatividade e diversidade da que a música portuguesa moderna teve o prazer de conhecer. Das compilações aos discos de originais, da memorável banda sonora original Guarda: A Memória das Coisas às apresentações ao vivo e aos filmes mudos com música original, Victor Afonso foi construindo um corpo de trabalho sem cedências artísticas de qualquer espécie, vanguardista e fusionista no melhor significado possível da palavra. Um trabalho que parte da música electrónica para se abeirar do noise, do jazz, da world music, da pop mais permeável e de tudo o mais que se atravesse no caminho; fluentemente experimental, amigo do sampling, aberto ao mundo.

O seu novo disco (e neste caso “novo” adquire todo um novo contexto), Psicotic Jazz Hall, que fecha a trilogia de álbuns começada por Oblique Musique (2001) e continuada por Metamorphosia (2005), é, quando julgávamos já impossível ir mais além, um constante abrir da palete sonora para deleite dos melómanos mais exigentes. Não é à toa que Mike Patton, mestre do baralha e volta a dar, viu em Victor Afonso um talento que transborda fronteiras. Está nos genes de Victor Afonso reinventar-se a cada vez que mostra novo trabalho. E Psicotic Jazz Hall não é excepção. Os treze temas que compõem este novo disco revelam uma complexidade que não é novidade, um cuidado com os pormenores que é apanágio de Kubik. E sempre que o imenso turbilhão de ideias e recursos encontra um aparente beco sem saída, Victor Afonso descobre uma forma de escapar em classe e em estilo.

O jazz é a matriz principal deste trabalho mas a fragmentação habitual leva esta viagem para outras esferas: que o groove de “Shina-Kak” desapareça já se isto é mentira. Como se Victor Afonso pegasse em toda a boa música do mundo, a desfizesse em estilhaços e depois, subversivamente, a voltasse a reconstruir: é assim que soa Psicotic Jazz Hall, um disco cujo título remete para o título de um álbum do francês Pascal Comelade que, como Victor Afonso, se serve de uma certa bizarria a seu bel-prazer. Da Guarda para o mundo, Victor Afonso volta a assinar um disco com atributos visíveis a partir de outros planetas mas para ser consumido com toda a humanidade."

André Gomes (in BIS/TMG - Abril - Junho 2011)

Tema de apresentação de "Psicotic Jazz Hall"

Tema "Shina-Kak", retirado do novo álbum de KUBIK, "Psicotic Jazz Hall" a editar no dia 14 de Maio pelo Teatro Municipal da Guarda. Participação especial na voz de Kenji Siratori.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Kubik - Notas de imprensa

Press Release:

“Kubik, o cientista de sons, o visionário tranquilo que faz electrónica futurista a partir da Guarda. Música como estilhaços, recontextualização, imagética, dadaísmo, surrealismo, MontyPythonismo. Free Jazz para o século XXII. Prog para o século XXII. Liberdade para o século XXII” – João Bonifácio (Público)

“Victor Afonso do projecto Kubik é um dos poucos músicos portugueses que pretende e consegue romper os limites que a música, por vezes, parece pressupor” – André Tiago Gomes (Mondo Bizarre)

“Kubik, juntamente com o álbum ‘Oblique Musique’ - o melhor disco nacional de electrónica de 2001 - escancarou meia dúzia de janelas sobre a paisagem surreal-electrónica nacional. Com ‘Metamorphosia’ torna-se num disco de culto da música portuguesa”- João Lisboa (Expresso)

“A música Kubik é de absoluta liberdade, criatividade esfuziante, com colagens improváveis de sons e, claro, de difícil catalogação, que tanto pode agradar à tribo da electrónica experimental e da pop alternativa como aos amantes da música contemporânea sem concessões.” - Pedro Dias de Almeida (Visão)

“Kubik assume-se como um exímio chefe de orquestra num magnífico álbum de estreia que entra, sem dificuldade, para o quadro de honra da música portuguesa.” – Jorge Manuel Lopes (BLITZ)

“Kubik is an amazing artist. He is moving into a special and particular universe. He has a fantastic records and a fantastic music… He’s a monster!” - Mike Patton (Faith No More, Fantômas)

“Kubik é um notável reciclador de música. E tem um dos microcosmos mais ricos da música moderna portuguesa.”- Manuel Halpern (Jornal de Letras)

“A metamorfose musical do universo de Kubik é um labirinto conceptual e híbrido, um mundo uno e indivisível, um terreno bravio que apetece explorar ao milímetro. Desse espaço sónico provém um fluído invulgar, produto misterioso e progressista de um génio tímido cuja assinatura deixa um lastro quase dadaísta”. - António Pinto (aPartes)

“A música de Kubik é experimentação e faceta lúdica dos materiais sonoros. Uma música feita de pormenores, em que cada audição reparamos nas camadas e camadas de pequenos sons que Victor Afonso se divertiu a criar e a pôr no seu trabalho” - Rodrigo Nogueira (Bodyspace)

“Metamorphosia”, o segundo disco de Kubik, é seguramente um dos melhores discos portugueses de 2005. Mas é mais do que isso; é uma obra plena de inventividade, não só a partir de produção alheia, e criatividade.” – Davide Pinheiro (Diário de Notícias)

“Victor Afonso é um malabarista de sons que olha a música com uns óculos de raio x, criando um circuito fechado e, com mestria, criar algo de novo e desafiante”. – Hugo Moutinho (Mondo Bizarre)

Kubik - breve biografia




KUBIK – Lançamento de novo disco em Maio 2011
_____


Breve Biografia Kubik é o projecto de música electrónica de Victor Afonso, músico da Guarda com larga experiência musical (rock, improvisação, experimental, electrónica).

A música de Kubik é um imprevisível caldeirão de cruzamentos de géneros, de fragmentação estética, de metamorfoses estilísticas, com uma forte influência do imaginário cinematográficos: manipulação electrónica, free-rock, jazz, hip-hop, ambient, world-music, metal, breakbeat, música de “cartoons”…

O percurso de Kubik conta com 13 anos de actividade: teve o reconhecimento de 4 Prémios Maqueta em 1999; foi a revelação musical para o jornal Público em 2001. Kubik conta com dois álbuns aclamados pela crítica especializada que os incluiu nas listas dos melhores discos portugueses do ano – “Oblique Musique” (2001) e “Metamorphosia” (2005).

Em Maio de 2004, o músico norte-americano Mike Patton (Faith No More, Mr. Bungle, Fantômas), apreciador da música de Kubik, convidou-o a tocar na primeira parte do concerto dos Fantômas na Aula Magna (Lisboa). Tocou ainda em diversos festivais de música electrónica internacional, Casa da Música, Teatro São Jorge, ZDB, Fnac, Parede de Coura, etc. Kubik colaborou ainda com diversos músicos (Adolfo Luxúria Canibal, Old Jerusalem, Norton, Bypass, Factor Activo, Américo Rodrigues, César Prata…) e remisturou inúmeras músicas para colectâneas nacionais e internacionais.

Compôs ainda música original para três filmes mudos (“Un Chien Andalou”, “Entr’Acte” e “A Felicidade”), bailado contemporâneo (Culturgest), teatro, exposições, curtas-metragens e performance. Depois de 6 anos de espera, Kubik vai editar o seu terceiro e aguardado álbum de originais, fechando assim a trilogia iniciada em 2001. Com o título “Psicotic Jazz Hall”, conta com edição do Teatro Municipal da Guarda e será lançado e apresentado ao vivo no próximo dia 14 de Maio, no Pequeno Auditório do TMG.

“Psicotic Jazz Hall” (título retirado de um disco do músico francês Pascal Comelade – “Psicotic Music Hall”) explora a matriz do jazz fundindo-a com o rock, a electrónica, músicas do mundo, num resultado musical mutante e sempre na procura de novos desafios criativos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Kubik na Playlist

Playlist do programa de rádio "Santos da Casa" da Rádio Universidade de Coimbra (RUC):

1 - Bruno Morgado - Sentimentos
2 - Bruno Morgado - Ensina-me a amar (ao vivo no estúdio)
3 - César Prata - Foi numa aldeia bem formosa (remistura Kubik)
4 - Kubik - Offertorium
5 - Pedro Abrunhosa - Não desistas de mim
6 - Paulo Praça - Tudo o que tenho para dar
7 - Pinto Ferreira - O elogio da estupidez
8 - Murdering Tripping Blues - Come into my waters
9 - AbztraQt Sir Q + Joey Chu - honQon