segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Kubik - Próximas apresentações



Datas de apresentação do álbum "Psicotic Jazz Hall" ou do projecto "Movie Poster" de Kubik:

7 Outubro: FNAC Coimbra - 22h

14 Outubro: Universidade da Beira Interior (Covilhã)- 18h

28 Outubro: Carpediem Bar - Santo Tirso - 00h

5 Novembro: FNAC Viseu - 17h

10 Dezembro: FNAC Stª Catarina - 17h

10 Dezembro: FNAC Norteshopping - 22h

11 Dezembro: FNAC Gaiashopping - 17h


O pessoal que vive nestas cidades e arredores está convidado.

domingo, 18 de setembro de 2011


Na FNAC de Viseu: o disco de Kubik em destaque no escaparate da "Electrónica Alternativa".
(Foto de Tó-Jó Sepúlveda)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"Psicotic Jazz Hall" - Bodyspace



Amálgama Obscura nas Sombras do Jazz

Por Nuno Catarino - Bodyspace.net

Victor Afonso é um experimentalista sonoro que desde o início da década passada tem trabalhado sob o pseudónimo Kubik. É dele a autoria de dois discos que marcaram a facção marginal dos anos '00 portugueses: "Oblique Musique" (Zounds Records, 2001) e "Metamorphosia" (Zounds Records, 2005). Pelo meio editou ainda dois interessantes EPs, ambos edições de netlabels lusas: Infinite Territory (Test Tube, 2006) e How blue was my sky (MiMi Records, 2008). Nessas gravações Afonso construiu manifestos de originalidade e confusão sónica, metamorfoses caleidoscópicas multi-referenciais.

Com este novo trabalho Kubik mantém os pressupostos base que alimentaram os discos anteriores, mas há agora um especial enfoque à volta daquilo que ele se entende como “jazz” – palavra que até se encontra no título do álbum. Os sons recortados, colados, transformados e processados por Victor Afonso andam à volta da instrumentação típica que habitualmente se associa ao jazz convencional, por vezes são usadas estruturas ou pormenores mais típicos do género, mas o resultado vai muito para além disso.

A estranha amálgama sonora que resulta do processo de transformação kubkiano encontra pontos de referência em diversos géneros e sub-géneros (a sua enumeração será um delicioso e profícuo passatempo), mas a sua principal linguagem, poderemos aventar, será a pós-modernidade: revisão de todas as linguagens anteriores e em simultâneo a sua própria (e consciente) subversão. No actual panorama musical português poderemos encontrar um paralelo – estilístico, não estritamente sonoro – no trabalho que o LUME – Lisbon Underground Music Ensemble vem desenvolvendo: pela inesperada junção de discursos, pelo prazer de nos fazer procurar beleza no caos. E, em consonância com a LUME, a música de Kubik assume também um certo cariz cinematográfico.